Por que um
Kindle é um ótimo companheiro de viagens
por Natália Becattini | 30 de julho de
2015
Categorias: Planejamento de Viagens | Tags: Dica de leitura
Categorias: Planejamento de Viagens | Tags: Dica de leitura
Existem algumas
coisas que eu não abro mão na hora de fazer a mala: um caderno, canetas, um
lenço, minha câmera DSLR, meu computador (só por causa do trabalho, se pudesse
deixava para trás), fones de ouvido e meu amado Kindle. Pode ser por meses, por
um final de semana ou apenas por uma ida ao restaurante. Eu não saio de casa
sem esse leitor digital na bolsa.
Mas não é
todo mundo que compreende meu amor. Outro dia, conversando com uma amiga, eu
contava para ela as maravilhas de carregar uma biblioteca inteira na minha
bolsa. “Eu não me adaptei aos leitores digitais. Gosto de sentir o livro”, ela
disse. Eu entendo. Assim como qualquer outro amante das letras, eu também tenho
fetiche pelo livro físico. As páginas, o cheiro de um exemplar novo, as capas
bonitas das edições de luxo. Há livros que eu faço absoluta questão de ter
a versão física. Alguns deles eu tenho até mesmo as duas versões, por pura
loucura.
Como
viajante – e, na maior parte das vezes, mochileira -, no entanto, eu tive que
confrontar essas duas paixões. Se para mim era impensável viajar sem levar pelo
menos um livro, muitas vezes eles representavam um trambolho e tanto na mochila
e ainda voltavam amassados e sofridos, cheios de orelhas e rasguinhos.
Minha
viagem pela Índia coincidiu com meu vício por Game of Thrones. Li os livros 3 e
4 inteiros dentro dos vagões de trem que cruzavam o país. Na época eu não tinha
um Kindle, por isso baixei um pdf no meu iPhone e ignorei que a tela era
pequena demais para um livro daquele tamanho.
Imaginem se
eu tivesse que carregar dois volumes do George Martin nas costas? Já
a viagem que fiz sozinha pela França foi bastante introspectiva. Quase não
falei com outras pessoas, não fiz muitos amigos. Li quatro livros em 17 dias,
algo impensável se eu não estivesse em companhia do meu leitor digital.
Eu organizo
minha biblioteca virtual em uma pasta chamada Lidos e em outra chamada Não
Lidos. Nesse momento, eu tenho 49 livros na pasta Não Lidos, que eu compro com
a maldita função “Comprar com um clique” da Amazon (sério, nunca ativem isso
pelo bem da sua conta bancária) e também baixo nesse site. Assim
que termino um volume, abro essa pasta e começo outro. Onde quer que eu esteja,
minha biblioteca vai comigo.
Mas todas
essas vantagens também estão presentes nos tablets, e os tablets são multi-uso.
Então, por que investir em um gadget exclusivo para leitura? Se você quer um
equipamento que também sirva para checar e-mails e fazer buscas no
Google, um tablet pode realmente ser uma boa opção. Mas com as telas dos
smartphones ficando cada vez maiores, minha impressão é que essa é uma compra
cada vez mais desnecessária.
Eu já tive
um iPad, mas vendi porque eu percebi que tudo que eu fazia nele eu podia
fazer no meu celular e que ele era um péssimo substituto para o meu computador
na hora do trabalho. No fim, eu só o usava para ler. E, embora hoje existam no
mercado tablets bem baratos, se você quiser investir em um bom equipamento terá
que desembolsar várias centenas – talvez milhares – de reais.
A versão mais barata do Kindle, por outro lado, custa
R$ 300. O meu, com tela touch e outras firulas, sai a R$ 479.
E o e-reader é perfeito para aquilo que se propõe: não tem luz que agride
o olho, permitindo que você leia por horas sem cansar a vista, é pequeno e
leve, não tem distrações que te ajudam a procrastinar a leitura e ainda permite
que você faça marcações e anotações “de canto de página”. É claro que o Kindle
aqui é um representante de uma tendência. Existem outros e-readers no mercado,
como o Kobo, mas nunca tive o prazer de testar para saber se são melhores
ou piores (vocês já usaram? Qual a opinião de vocês?).
P.S.: A
Amazon não me pagou nenhum centavo por este post. Escrevi apenas para
compartilhar um dos meus gadgets preferidos para viagens. As opiniões aqui
expressas são sinceras. No entanto, os links presentes neste post são
afiliados, o que significa que, comprando qualquer produto por meio deles,
a gente recebe uma comissão e você ajuda o 360 a se manter (e sem pagar nada a
mais por isso).
Autora: Natália
Becattini
Sou
jornalista, mas o que eu sempre quis mesmo é contar histórias e colecionar
aventuras. Na falta de um emprego desses, criei um para mim: desde 2011, viajo
pelo mundo e escrevo sobre o que vi. Sou mineira de BH, mas já chamei de casa a
Cidade do Cabo, Chandigarh e Buenos Aires, para onde me preparo para voltar.
Gosto de literatura, cervejas, artigos de papelaria e tenho um cachorro
salsicha chamado Whisky. Também escrevo o blog Oxford Comma.
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