Mercado - Alternativa para abrir franquia com baixo investimento

Filomena Garcia  Colunista do UOL

Cada vez mais, as redes de franquias têm desenvolvido novos modelos de negócio que sejam uma alternativa não só para que o investimento inicial na abertura da loja seja menor, mas também para que as marcas possam estar em cidades que não comportariam uma loja convencional da marca.

Quem visitar a ABF Franchising Expo, feira de franquias que ocorre de 24 a 27 de junho em São Paulo, poderá perceber que muitas redes oferecem ao investidor diversos modelos de loja – tudo para aumentar sua capacidade de penetração no mercado e acelerar sua expansão.

Outro motivo também é o valor dos aluguéis e das luvas em shoppings que subiram muito nos últimos anos. Para tentar driblar esse obstáculo e reduzir o valor do investimento necessário para abertura de uma franquia, muitas redes criaram modelos de negócio que ocupam espaços menores – como quiosques ou mais recentemente os food trucks, nas operações de alimentação, por exemplo.

Hoje, existem redes de todos os segmentos que crescem com a abertura de quiosques ou lojas menores, ou até mesmo, com formatos de lojas que englobam outras marcas como forma de compartilhar os custos e aumentar o faturamento. São marcas desde de artigos esportivos, beleza, acessórios, até empresas de alimentação. Afinal, são modelos de negócio que trazem diversas vantagens.

A primeira vantagem está nos custos. Para instalar um quiosque por exemplo, em um corredor de shopping center, o franqueado não precisa adquirir o ponto. Ou seja, não será necessário o pagamento de luvas. Ele pagará apenas o valor de um aluguel mensal, que também será inferior ao de uma loja comum – já que o espaço utilizado é reduzido.

O investimento com reforma e mobiliário e o valor gasto com estoque inicial também são mais baixos que o de uma loja comum. Assim, é possível montar uma franquia no formato de quiosque ou loja menor na rua ou no shopping center, com investimentos de 30% a 40% menores.

Essas operações também costumam ser mais simples e exigem menos funcionários. Em geral, é necessário contratar no mínimo quatro pessoas, sendo que duas trabalham em cada turno. 

Porém, nem todos os negócios cabem nesses novos formatos de franquia, pois, para funcionar bem, o mix de produtos e estoque não podem ser amplos, seja pela exposição ou mesmo para o estoque que deverá ser armazenado, como por exemplo móveis e colchões.

Ao comprar um negócio em um formato compacto, é importante se atentar ao tempo do contrato. Quiosques, por exemplo, costumam ter direito a uma permanência de, no máximo, um ano no espaço do shopping.

Contudo, essa pode ser uma experiência para o investidor com o negócio e com a marca. Se a parceria der certo, ao final do contrato ele poderá investir em um modelo maior e por mais tempo.


FONTE:  http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/colunistas/filomena-garcia/2015/06/23/negocio-compacto-e-alternativa-para-abrir-franquia-com-baixo-investimento.htm